Saber se uma história é verdadeira ou não, se “aconteceu mesmo” , é uma das principais preocupações dos alunos depois de ouvirem uma história que os desafie a pensar. Esta capacidade de distinguir a realidade da ficção envolve competências de Pensamento Crítico como a discriminação, a análise, a interpretação, a classificação e a categorização e atitudes críticas como o cepticismo e a curiosidade.
Em filosofia a verdade e a busca da verdade são objetivos centrais e, como tal, o papel do professor de filosofia deve adequar-se a essa demanda, fornecendo aos seus alunos ferramentas que os ajudem a aproximar-se o mais possível dessa verdade. Já no mundo das histórias o papel do storyteller, o contador de histórias, estará a meu ver mais focado na diversão e na procura do simples prazer de ouvir histórias e fazer com que as crianças acreditem o mais possível nelas, mesmo que seja uma crença que sabemos ser falsa, como quando as crianças acreditam nos dragões que sabem que não existem. Conseguem-no graças a uma temporária suspensão da descrença, ou do cepticismo. Uma atitude contrária à que se cultiva em filosofia, portanto.
Este exercício procura trazer a filosofia e o pensamento crítico para o mundo das histórias e da fantasia.
O objetivo é classificar cada uma das histórias que ouvimos numa das seguintes categorias modais: realidade ficção, provável, improvável, necessária ou impossível.
Hoje foi a vez dos alunos do 5° ano do CLIP aderirem entusiasticamente ao projecto Filocontos: histórias para pensar.
Agradeço à professora Isabel Sousa o simpático convite, aos professores que dispensaram uma hora do seu horário e aos alunos que mostraram ser muito bons ouvintes e… Pensadores Críticos Espero que tenham gostado deste desafio tanto quanto eu.